Listen to me

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Não Se Ouve Violões...

esperando sobre a janela
como em outros tempos
trocam reciprocidades
exercitam a auto-estima machucada

e então tudo já está certo
como ambos sempre quiseram
pena que dependem da própria maturidade
e sentimentos não enlatados

não houve sinos
não houve violinos...

não houve repressões
não se ouve violões...


dizem que só assim nasce
um sentimento de verdade
certo que há outras formas de sentir
precisa de tempestades no peito

não houve flores
não houve dores...

não houve canções
não se ouve violões...


porque há necessidade de caçar
não conseguiu traçar um futuro
quem sabe se não está perdendo algo
tinham maturidade, pois estavam sóbrios
era tudo perfeito pra ser o que queriam
realmente uma pena, sim
que o amor não estava ali

4 comentários:

  1. "realmente uma pena,
    que o amor não estava ali"
    É sempre uma pena!

    ResponderExcluir
  2. Lindo poema!Parabéns! Só o que tenho a dizer, pois diante de uma bela contrução poética, o melhor é silenciar...

    ResponderExcluir
  3. algo mudou,
    será só o poema?
    será o poeta?
    foram-se os pontos, antes conclusivos.
    ficaram as reticências...
    que poderão se desdobrar... prolongar... espichar... dilatar...
    lembrando que nem tudo que estica esgarça,
    muitas vezes,
    abraça
    com muita graça!

    ResponderExcluir
  4. Agora sei,
    mudou o leitor,
    que, pouco atento,
    sem graça,
    viu que tudo estava,
    onde sempre esteve,
    com muita graça!

    ResponderExcluir