Listen to me

sábado, 27 de novembro de 2010

O Tilintar da Corrente

Hoje os bem-te-vis tentaram começar o dia
Mas esse dia de hoje tem gosto de morte
Eu sei que é muito para chorar
E que ainda há muito mais

Indícios pelo caminho...
Cachorros passam por mim nas ruas...
O tilintar da corrente...
Eu ainda escuto...

Tenho que ouvir enquanto as pessoas riem
Tenho que sorrir enquanto as pessoas falam
Tenho que comer e permanecer
Enquanto tudo dentro de mim se vai...

Uma parte de mim pode morrer
Não posso fugir da notícia quando ela chegar
Eu já sinto as palavras ocas
Preenchendo minha mente e esvaziando meu coração

A esperança... ela em fase de decomposição
Há esperança... eu a busco em fase de desordenação


Eu quero entrar em seu corpo
Eu posso combater a sua doença
Eu quero renovar o seu corpo
Eu sei que posso combater a sua doença


Se acabasse rapido...
Ou se houvesse drama...

Eu quero entrar em seu corpo
Eu sei que posso combater a sua doença


O tilintar da corrente...
Eu ainda escuto...


sábado, 20 de novembro de 2010

Sabor Soturno

eu conheço um menino
que carrega um segredo
ele adora correr por campos abertos
segurando suas tesouras preciosas

eu conheço um menino
que esconde um sorriso
seu hobbie é dar socos em pontas de facas
com seus punhos cansados

eu nunca desisto de tentar
fazer o garoto sorrir
eu nunca desisto
eu sei que ele pode


ele quer um mundo bom
ele quer um mundo ao seu redor
o seu ego é tão grande
que ele não suporta o fato de alguém
não apreciar mais
o sabor soturno de sua presença...

e ele tem medo de acreditar de novo
e ele tem medo da humanidade
ele tem medo da minha humanidade
ele tem medo de dormir em minhas mãos

eu peço que não seja covarde.................


eu espero
talvez eu espere
eu prefiro deixar pra sempre
deixar de te ouvir
prefiro não ter que te ouvir de novo
a ouvir que você fez a sua mente
e se portará
longe de mim...

sábado, 13 de novembro de 2010

Aço

- vc se sobressai

- as vezes minhas inspirações se sobressaem. se é que você me entende. entende?

- Eu literalmente to te lendo,
te vendo,
formando como nunca deixaria de ser,
meus conceitos oníricos, já falidos.
Unindo todas as ameaças que me ressoam,
em laços,
traços,
lastros,
maços,
pedaços,
estilhaços.
Um imenso calhamaço
embaixo do meu antebraço.

- Porque você é mesmo de aço,
mesmo com todo o cansaço...
enfraquecido pelo maço
de cigarros que, se eu pego, eu amasso.