Listen to me

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Sagrado e tocado

Não sei quando foi dado a mim
o direito de te conceder o direito
de chegar e tocar em mim
Porque o certo é o sagrado
em plenos poderes de sua pureza
aos olhos de quem o criou

Se sempre é recorrente
o senso de perceber
Que sempre o mais próximo
É também o mais sujo

Acordei e o meu cheiro não era só meu
ele foi modificado pelo sabor,
pela presença e ausência do seu
De que adianta os castigos do corpo
se ao próximo sinal de cura ou alívio
sente-se livre a reescravizar-se aos pecados da carne

Se sempre é recorrente
o senso de perceber
Que sempre estar próximo
É também visto como ser sujo

Não tem como voltar ao princípio
Tudo já foi corrompido
Todos escravos do próprio desejo
Não tem como tentar outra vez
Tuda já foi ouvido
Não respeito mais antigos medos

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