Listen to me

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Onze

Asfalto espelho
fino e molhado
em pedaços

engraçado como este ano se acaba
está em frangalhos
pedaços soltos
ele se rasteja até o fim, patético

não me pergunte nada
quero respeito
eu adoraria brigar com todos
descontar minha tristeza em palavras rudes

assim como eu posso te ignorar

e o próximo ano
ele é negro
ele é escuro
ele não tem nada de que eu possa esperar
mas ele é meu único caminho
só tenho ele pra ser quem eu quero ser

é forte
tenho que suportar

as almas suicidas se aproximam
os ídolos auto-destuídos aderem
os espíritos eutanasiados não podem opinar

Um comentário:

  1. As palavras podem ser belas, como em seu texto, mesmo na dor e na [temporária] tristeza.

    Tristeza e depressão fazem e sempre farão parte de nosso caminho. Podemos [é desejável] que entendamos que costumam nos ensinar mais do que a falsa alegria promovida pelas atividades fúteis.

    A depressão, a tristeza, muitas vezes, nos ensinam e nos preparam para um período mais alegre e pleno logo ali na frente.

    Que este seja o caso do término de seu 2010 e o anúncio de 2011!

    Abraços

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